Servidores rejeitam proposta do prefeito e decidem fazer greve geral
Funcionalismo quer revisão salarial de 10,13%, conforme previsto na lei; proposta de José Leão acarretaria perda de 11,65% nos vencimentos e seria irreparável por toda a carreira
Em Assembleia Geral, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Formiga (Sintramfor), na noite desta quarta-feira (1°), o funcionalismo municipal de Córrego Fundo rejeitou a revisão salarial de 3,5%, proposta pelo prefeito José Leão. Eles ainda decidiram fazer greve geral.
A mobilização será pacífica e terá início no dia 7 deste mês, com paralisação geral e uma passeata. Os servidores se concentrarão na Praça Vigário João Ivo, às 11h, e caminharão pela Rua Joaquim Gonçalves da Fonseca até a Prefeitura, onde uma Comissão de servidores, formada pelo Sindicato, deverá reunir-se com o prefeito. A Comissão vai expor ao prefeito sobre as decisões tomadas em Assembleia e solicitar que ele conceda a revisão anual nos vencimentos de 10,13%, que é o percentual do INPC acumulado de abril de 2015 a abril de 2016, conforme vem sendo reivindicado.
A insatisfação do funcionalismo está no fato de que a proposta do prefeito acarretaria uma perda de 11,65% nos vencimentos. Um prejuízo que não se recuperaria mais durante toda a carreira.
Reunião
Na tarde de hoje (quinta-feira, dia 2), o presidente do Sindicato, Natanael Alves Gonzaga, e a vice-presidente, Evangelina Santos, junto com uma Comissão de servidores, irão reunir com o José Leão para dar continuidade à negociação. A expectativa é que o chefe do Executivo reconsidere a proposta e conceda a revisão de 10,13%, retroativa a abril, mês da database do funcionalismo.
Greve
Na manhã desta quinta-feira (2), o Sintramfor tomou as providências para dar continuidade ao processo da greve, caso o prefeito não ceder na negociação. Ofícios comunicando sobre a paralisação geral serão expedidos ainda hoje para autoridades, inclusive para o Ministério Público e para a Polícia Militar, e também para a imprensa regional.
O documento cita a legislação que garante o direito dos servidores à revisão geral, além de expor detalhes sobre a greve.
Assembleia
Os servidores votaram pela greve geral após o presidente informar sobre a proposta feita pelo prefeito. Natanael destacou que apesar de José Leão ter proposto a revisão com percentual muito abaixo do reivindicado, o Sindicato foi obrigado a promover a Assembleia, já que a decisão, de aceitar ou não, cabe aos servidores.
Clique nas imagens ao lado para ver 
o ofício comunicando a decisão de greve ao prefeito José Leão
